TELEVISÃO
CQC friendly?
Depois de muitas chacotas, CQC mostra homossexuais de forma respeitosa no quadro Documento da Semana
por Redação MundoMais
CQC friendly?
Depois de muitas chacotas, CQC mostra homossexuais de forma respeitosa no quadro Documento da Semana
por Redação MundoMais
RIO DE JANEIRO – O programa Custe o que Custar (CQC)tratou da homofobia no quadro “Documento da Semana” exibido ontem, 20. A matéria feita por Rafael Cortez deu o tom mais friendly do repórter brincalhão, diferente de outros como Danilo Gentili, que fez a cobertura da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo deste ano de forma jocosa.
Oscar Filho e Felipe Andreoli também fizeram a matéria de forma, digamos, respeitosa. Vez ou outra a edição com alteração das vozes dos entrevistados e as legendas – como no caso do apresentador esportivo Paulo Soares, por exemplo, e Lúcio, discriminado na Doceria Ofner com o namorado Marcelo durante o beijaço no último dia 12.
Voltando ao palco com os apresentadores, Marcelo Tasdefendeu o programa da acusação de homofóbico. Isso após o apresentador Rafael Bastos dizer que era acusado de homofóbico negando que não era, pois havia “comido muitos homens”.
Sempre fazendo referência dos gays com o ânus, Rafael Bastos disse que, para acabar com o preconceito, seria bom promover um “beijaço grego” [popularmente conhecido como cunete]. Antes do programa ir ao ar, o Grupo Homo Unidos, uma rede virtual LGBT fiscalizadora de práticas homofóbicas da mídia, liderada por Justo Favaretto Neto, havia feito contado com a produção do programa por e-mail e via telefone.
Mudar de canal? – Antes da veiculação da reportagem, Favaretto Neto telefonou para o produtor do CQC Daniel Cronfli solicitando uma forma respeitosa de abordar o beijaço e os ataques homofóbicos dos jovens na Av. Paulista por se tratar de manifestações de combate à homofobia. “Sempre colocam a imagem do animal veado, um lacinho na cabeça como chacota à homossexualidade”, justificou Favaretto Neto. O produtor respondeu que haveria brincadeiras sim.
Por sua vez, o líder do Homo Unidos questionou o respeito do programa a outras minorias e não com os LGBT. “Perguntei porque fazem piadas conosco e nos chamam por termos pejorativos, porém respeitam outras minorias, negros por exemplo, quando ele ficou muito estressado e disse que "assim" não dá pra discutir (obviamente porque ficou sem o que responder, pois não poderia dizer que respeita os negros porque o racismo é crime, diferente da homofobia) e desligou o telefone na minha cara”, conta.
Veja a reportagem:
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