HOMOFOBIA NA PAULISTA

HOMOFOBIA NA PAULISTA
Homofobia em julgamento
Os quatro menores agressores de homossexuais na Av. Paulista foram julgados nesta sexta-feira, 17
por Redação MundoMais

Os quatro agressores homofobicos no dia 14 de novembro

SÃO PAULO – Dez testemunhas de defesa e acusação dos quatro adolescentes que agrediram homossexuais na Av. Paulista, no dia 14 de novembro, prestaram depoimentos nesta sexta-feira, 17, na 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude.
As testemunhas foram ouvidas das 9h às 17h pelo juiz Egberto de Almeida Penido. Segundo o magistrado, o resultado do julgamento deve sair na próxima segunda ou terça-feira.
Após o resultado, os quatro menores infratores poderão continuar internados na Fundação Casa [ex-Febem] por até 3 anos, ou responder pelos crimes em liberdade cumprindo medidas socioeducativas. Pelo fato de serem menores, o processo corre em segredo de justiça.
Testemunhas de acusação – Como testemunhas de acusação, compareceram à Vara da Infância os policiais que socorreram as vítimas e um dos jovens que foi agredido e teve a carteira roubada pelo bando.
Carlos Massetti, 50, que respondeu processo por integrar a máfia italiana, defendeu o filho G.M., de 16 anos. “O laudo técnico, o laudo do IML, diz que foi lesão corporal leve. Como dizer que quase o mataram?”. No último dia 03, um homossexual de 35 anos, que não quis se identificar, compareceu à delegacia para acusar o menor G.M. e o maior Jonathan Lauton Domingues, 19, de tê-lo espancado na Rua Augusta, no dia 14 de março deste ano.
Segundo o autor da nova denúncia, os jovens usaram soco inglês para agredi-lo. O processo contra Jonathan Lauton Domingues corre separadamente na justiça comum. Jonathan espera decisão da justiça se terá prisão preventiva decretada, na solicitação feita pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Multa por homofobia – Baseada na Lei Estadual n° 10.948/01, que proíbe a discriminação no estado de São Paulo, a Defensoria Pública de São Paulo entrou com um pedido de multa contra os cinco agressores. A solicitação foi encaminhada ontem, 16, à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. A multa é de R$ 16 mil para cada um dos agressores homofóbicos. O dinheiro será revertido para o fundo de políticas públicas de diversidade sexual.